Veja qual o perfil das vítimas do suposto assassino em série de Rio Verde
Polícia detalha investigação sobre assassino em série de Rio Verde Em coletiva realizada na manhã desta segunda-feira (29) sobre o caso do suposto assassin...

Polícia detalha investigação sobre assassino em série de Rio Verde Em coletiva realizada na manhã desta segunda-feira (29) sobre o caso do suposto assassino em série de Rio Verde, a Polícia Civil do Estado de Goiás falou sobre o perfil das vítimas de Rildo Soares dos Santos, de 33 anos. Segundo o delegado Aldelson Candeo, ele confessou ter matado Elisângela Silva, Monara Pires e é investigado por outros oito crimes em Goiás. De acordo com o delegado, o perfil das vítimas é bem definido, assim como a assinatura dos crimes de Rildo, praticados com extrema violência, de madrugada e com o uso de fogo. Em nota, a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) informou que o representou durante a audiência de custódia e não atua mais no caso. O g1 não conseguiu localizar a defesa de Rildo Soares até a última atualização desta reportagem. Monara Pires, Rildo Soares e Elisângela Silva; Vítimas foram mortas em Rio Verde, Goiás Divulgação/Polícia Civil e Reprodução/TV Anhanguera ✅ Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp Veja as características do perfil das vítimas: Mulheres; Andando sozinhas; Situação vulnerável; Não tinham nenhuma relação com ele; Andavam de madrugada na região em que ele atuava. Desaparecimentos, estupros, roubos, incêndio, latrocínio, tentativa de feminicídio e feminicídio são alguns dos crimes pelos quais Rildo está sendo investigado. Segundo a delegada Fernanda Simão de Almeida, ele é autor confirmado de três estupros. Confira a linha do tempo dos crimes em Goiás pelo suposto criminoso em série: 01/03/2025 - Estupro 01/03/2025 - Estupro e tentativa de feminicídio 04/05/2025 - Desaparecimento 10/05/2025 - Roubo de celular, dano, furto de veículo e incêndio 17/05/2025 - Estupro ]07/07/2025 - Feminicídio 29/08/2025 - Feminicídio 29/08/2025 - Desaparecimento 07/09/2025 - Latrocínio 12/09/2025 - Feminicídio Na coletiva, ainda foi abordado o comportamento de Rildo, que exibia "uma fachada de normalidade". Segundo o delegado, ele cometia todos os crimes de madrugada, com extrema violência e tem total falta de empatia e remorso com as vítimas. Desaparecimentos De acordo com o delegado, mais dois desaparecimentos de mulheres podem estar ligados a Rildo. Um deles é o de uma dependente química que morava e frequentava a região do bairro Popular, onde Monara Pires, outra vítima de Rildo, foi encontrada morta. Aldeson Candeo diz que a jovem desapareceu no dia 29 de agosto e tinha o costume de frequentar diariamente a casa da mãe, embora estivesse em situação de rua. O investigador destaca ainda que a ela tinha uma conta bancária, que nunca mais foi movimentada desde o desaparecimento. "Ela é uma vítima potencial. E mais, quando o Rildo é questionado a respeito dela [a vítima], ele não simplesmente nega a morte dela. Ele diz que não lembra. Quando questionado se ele pode tê-la matado, ele diz sim, eu posso tê-la matado, mas eu não me lembro", disse o delegado. LEIA TAMBÉM: OUTROS CRIMES: Suposto assassino em série que confessou homicídios em Rio Verde é suspeito de mais de 15 crimes, diz polícia ÚLTIMA VÍTIMA: Jovem é encontrada morta em terreno após sair de madrugada para trabalhar, diz polícia DISFARCE E VIOLÊNCIA: Polícia traça o perfil de suposto assassino em série de Rio Verde Suposto assassino em série Rildo Soares foi preso quando voltou ao local do crime contra Elisângela, no dia 12 de setembro. Segundo o delegado, a polícia estava em diligência no local quando avistou o homem, que tentou fugir assim que foi visto, mas foi capturado por um agente. Na prisão, Rildo confessou que matou a mulher em situação de rua Monara Pires Gouveia Moraes, de 31 anos. Inicialmente, a polícia desconfiava do namorado da vítima, mas após a prisão de Rildo a polícia começou a encontrar semelhanças nos crimes e apontá-lo como possível autor. De acordo com o delegado, os crimes cometidos por Rildo tem assinatura, característica de criminosos em série. Além disso, outros pontos do perfil do suspeito levam a polícia a usar essa nomenclatura. "Todas as vítimas encontradas com imensa violência, sem a parte debaixo da roupa e na mesma região. Total falta de empatia, remorso e arrependimento. Ele pratica crimes com extrema violência sem necessidade, vítimas mulheres em estado de vulnerabilidade , uma mulher queimada viva, outra com o rosto completamente desfigurado um extremo esforço pra praticar crimes violentos", afirmou o delegado. Além disso, o delegado diz que Rildo tem "imensa vaidade" em relação aos crimes que cometeu e que ele confirmou ter voltado a todos os locais em que praticou esses crimes. Rildo está preso na Casa de Prisão Provisória (CPP) de Rio Verde. Crimes na madrugada De acordo com a polícia, Rildo disse em depoimento que não consegue dormir durante as madrugadas, ouve vozes que o levam a "praticar maldades". As investigações apontam que ele tinha o costume de usar uniforme de trabalhador da limpeza urbana para aparentar estar a caminho do trabalho e não levantar suspeitas. "O uniforme era usado sempre na prática dos crimes, tanto no latrocínio quanto no feminicídio. Era uma forma de facilitar a abordagem da vítima, andar de madrugada pelas ruas e evitar uma eventual abordagem da polícia", contou o delegado. A investigação identificou que algumas vítimas de Rildo eram dependentes químicas e tinham o costume de andar a noite, assim como Elisângela, que andava de madrugada quando saia para trabalhar e foi abordada por ele. Suspeito de matar jovem a caminho do trabalho a agrediu com 'extrema violência e barbaridade’, diz delegado Reprodução/TV Anhanguera Elas foram mortas "com pancadas na cabeça, em um terreno baldio, durante uma madrugada, foram deixadas sem roupas e com alguma tentativa de ocultação de cadáver", destacou o delegado Adelson Candeo. Última vítima Jovem é morta em lote baldio em Rio Verde O delegado fala sobre como a última vítima de Rildo guiou os rumos da investigação. Elisângela Silva de Souza foi encontrada morta em um terreno baldio no dia 11 de setembro. Imagens obtidas pela TV Anhanguera, o suspeito aparece andando com a vítima na rua (veja o vídeo acima). Após a prisão de Rildo, que ocorreu próximo ao local onde o corpo de Elisângela foi encontrado, a polícia fez buscas na casa dele, onde encontrou bolsas femininas e bonecas. Além disso, o delegado disse que encontrou na casa da vítima as chaves de um carro e um celular de um vítima de latrocínio. Polícia encontra bolsas femininas na casa de suposto serial killer, em Goiás Divulgação/Polícia Civil Pela semelhança entre os crimes, Rildo se tornou suspeito de outros feminicídios praticados na cidade e, sem seguida, a polícia chegou a conclusão de que ele já teria praticado crimes sexuais. Segundo o delegado, ele diz que não se lembra quando é perguntado se todas as suas vítimas foram violentadas. "Quando perguntado a ele se todas as vítimas foram violentadas sexualmente, ele simplesmente disse que não se lembra, mas pode ter acontecido. Todos os laudos estão vindo positivos em relação a isso, inclusive com a presença de espermatozoides e as secreções vaginais das vítimas", pontuou o delegado. Aldeson Candeo disse que Rildo será indiciado pelos crimes de feminicídio e de estupro e que as investigações em relação aos desaparecimentos que podem estar ligados a ele devem continuar. A Polícia Civil de Goiás também está buscando informações de feminicídios que teriam acontecido na Bahia e que podem ter relação com o suspeito. O delegado ressaltou que a esposa de Rildo também está colaborando com as investigações. 📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás. VÍDEOS: últimas notícias de Goiás